Sílvia Castro, apresentadora do Aceleradores do Bem da rádio 98FM é a convidada especial do terceiro episódio do HopeCast
O 3º episódio do HopeCast já está no ar, e desta vez, a convidada especial foi Sílvia Castro, apresentadora do quadro Aceleradores do Bem da Rádio 98FM e Coordenadora de Comunicação da Cruz Vermelha. No bate-papo conduzido pelo CEO da Hope, Guilherme Naves, Sílvia compartilhou os relatos e as experiências vividas na área de impacto social.
Durante a entrevista, ela contou sobre grandes acontecimentos que teve a oportunidade de cobrir, como a tragédia de Brumadinho e o campo de refugiados do Líbano. Além disso, a apresentadora trouxe todo o aprendizado adquirido durante os anos, e como o impacto social pode mudar a realidade das pessoas e do mundo.
Abaixo você confere alguns trechos da entrevista com Sílvia Castro:
Guilherme Naves: Apesar de você ser graduada em Publicidade, em que momento da sua carreira você percebeu que apenas a comunicação não seria o suficiente? Quando o universo do impacto social entrou na sua vida?
Sílvia Castro: “Sempre sonhei em trabalhar em uma agência de publicidade. O clima, as pessoas despojadas, aquele universo criativo sempre atraiu minha atenção. Trabalhei por cinco anos em algumas agências de Belo Horizonte e amei, mas sabe quando fica aquele gostinho de quero mais? Eu fiquei me questionando o porquê de estar fazendo aquilo e senti que ainda não era o que eu gostaria de fazer. Então resolvi me mudar para o Rio de Janeiro para trabalhar na TV Globo. Participei de alguns projetos importantes e foi lá onde eu comecei a gostar de contar histórias e conhecer novos lugares. Mas comecei a me questionar sobre o que eu estava fazendo ali. Foi quando eu trabalhei no quadro da Xuxa, onde a gente realizava sonhos de impacto social na vida das pessoas. A partir disso comecei a me identificar com a ideia de fazer o bem para as pessoas. Depois de um tempo voltei para BH e fiquei com aquela pulga atrás da orelha, querendo fazer mais para a sociedade. Logo depois, tive a oportunidade de participar de um projeto social. Esse rumo que eu tomei mudou minha vida completamente. Eu vi que era isso que eu queria fazer e estou neste ramo até hoje.”
Guilherme Naves: Entre todas as experiências que você possui no âmbito do impacto social, qual delas mais te emocionou?
Sílvia Castro: “Difícil responder essa pergunta, porque todas foram muito especiais, todas me trouxeram muito aprendizado. Mas eu destacaria duas. A primeira no ano de 2017, onde eu fui para um campo de refugiados no Líbano. Eu fiquei lá por 13 dias e foi onde eu tive muito aprendizado. Fui com a cabeça cheia de ideias e pronta para executá-las, mas não imaginava que um gesto tão simples já faria a diferença. Tive a oportunidade de conhecer uma mulher que me contou toda sua história de vida. Conversamos por um longo período dentro de sua tenda, tomamos um chá e pude conhecer mais sobre tudo o que se passava ali. E no final, foi um momento muito emocionante e marcante. Quando estava indo embora, ela me agradeceu e disse: “Hoje é um dos dias mais felizes da minha vida”. Ela disse que todo mundo que ia até lá era só para fazer registros do que estava acontecendo, e você conversou comigo, tomou do meu chá e não teve vergonha disso. Esse momento foi uma baita lição para mim, porque eu cheguei com muitas ideias para ajudar, e no final, o mais simples foi o que mais deixou aquela mulher feliz. Foi muito legal. Já a segunda experiência foi em Brumadinho. Me comprometi durante um ano, a comparecer todo mês para acompanhar a evolução do caso. Mostrando para as pessoas o que estava acontecendo pela visão dos moradores. Eu quis dar voz para as pessoas, mostrar como elas estavam lidando com aquela situação que foi muito triste. Foi muito forte essa experiência."
Guilherme Naves: Como funciona o trabalho que você executa na Cruz Vermelha?
Sílvia Catro: “É um trabalho árduo mas extremamente humano. Na cruz vermelha estamos sempre preparados para fazer os primeiros atendimentos quando alguma coisa acontece. Mas também temos aquelas ações que acontecem durante todo o ano. Temos as ações do frio, aquelas de combate à fome, os projetos de jovem aprendiz e de capacitação de jovens. Mas se acontece alguma coisa mais séria, como a tragédia de Brumadinho por exemplo, temos que estar preparados para responder na hora. Onde precisar da Cruz Vermelha, estaremos lá para ajudar.”
Guilherme Naves: Sobre o projeto Aceleradores do Bem, como ele funciona? Qual é o objetivo dele?
Sílvia Castro: “Este projeto é minha paixão. Logo depois que eu cheguei na Rádio 98FM, conversei com um dos responsáveis e sugeri de criar um quadro onde a gente pudesse mostrar as coisas boas que acontecem no mundo. Mas aí eles falaram que o mundo era coisa demais, que podíamos focar em Belo Horizonte. A partir disso o projeto começou a andar e eu comecei a gravar. Fui atrás de pessoas e ongs que fazem o bem para a sociedade, e que estão sempre correndo atrás para ajudar as pessoas. A ideia do Aceleradores é realmente mostrar as coisas boas que estão acontecendo, porque acredito que também existem pessoas boas no mundo.Toda semana mostramos pessoas bacanas que possuem boas iniciativas para mudar a realidade de muita gente.”
Guilherme Naves: Qual o recado que você deixa para as pessoas que desejam mudar a realidade do mundo? O que elas podem fazer para ajudar?
Sílvia Castro: “A gente está vivendo em um mundo onde uns precisam dos outros. Não tem como a gente estar bem se o outro não estiver. E todo mundo pode fazer alguma coisa. Comece fazendo com o que está ao seu alcance, isso pode ajudar bastante. Investir no social é extremamente importante. Quanto mais a gente fizer, mais vidas serão impactadas e mais pessoas serão beneficiadas. Depois que essa visão do social dispara, o pique não acaba. A vontade de continuar fazendo o bem continua. Então vamos fazer o bem!”
Para assistir o 3º episódio completo do HopeCast com a participação de Sílvia Castro, basta acessar o link: https://www.youtube.com/watch?v=Dc-C02IKsJ8&ab_channel=HopeCast-ImpactoSocialdeVerdade
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